segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Tristes Trópicos

Com o Ipea sobre o controle de um certo departamento de sociologia da periferia paulistana( definitivamente não é de economia), há temores em relação a substituição de uma “panela” por outra, com o agravante que a “panela” que entra , não tem a mesma reputação acadêmica daquela que sai. A proposta, ventilada na mídia, de contratação de demógrafos, historiadores e sociólogos não é um bom sinal ... Alias, não entendo porque alguns economistas, de esquerda, não gostam de economia . Enquanto,no resto do mundo, a economia ganha cada vez mais espaço, confirmando sua vocação imperialista, como diria alguns, nos tristes trópicos ocorre o contrário.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Privilégios

A affair ipea versus sua nova diretoria é uma destas tolices recorrentes no grande bananão que demonstra o poder do lobby dos moradores do balneário. O que seria de algumas instituições de ensino superior do balneário sem o ipea e bacen. Repete-se a mesma estratégia usada, com sucesso, em outras áreas, como o cinema, por ex. Prestação de contas do uso de dinheiro e espaço públicos transforma-se em perseguição política.

Divertido, também, é ler o artigo-defesa dos privilégios injustificáveis do Cebrap. Todo mundo defende a tal virtude republicana, mas ..., no quintal do vizinho.

Resenhas

A revista L´Histoire( 323, setembro de 2007) publicou resenha do livro Jesus de Nazáre. Interessante artigo- resenha do Malise Ruthven no The New York Review of Books(November 8, 2007) sobre o islamismo. Entre os livros resenhados, mais um catatau do Hans Kung. Segundo Ruthven ‘in the history of religions’, asks Kung ‘did any religion pursue a victorious course as rapid , far-reaching, tenacious and permanent as that of Islan? Scarcely one. So is it any wonder that to the present day Muslin pride is rooted in the experience of the early period…’ Ainda mais interessante é a conclusão( after an extensive survey of the best literature available in European languages)do Kung sobre Jihad ‘ The apologetic argument often advanced by Muslin that armed jihad refers only to wars of defence cannot be maintained. It is contradicted by the testimonies of the Islamic chroniclers, who show that the jihad was of the utmost political and military significance. It is hard to imagine a more effective motivation for a war than the struggle… which furthers God´s cause against the unbelievers”.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Mais Leituras

O filósofo católico canadense Charles Taylor lançou, recentemente, um novo livro, “ A Secular Age”, que esta sendo discutido no seu blog. http://www.ssrc.org/blogs/immanent_frame/

Ainda não li( e tão pouco comprei)o livro, um catatau de 880 pags. Ele esta na minha lista de leituras, o difícil é encontrar tempo... a fila é longa e o primeiro é o último livro do Lilla, The Stillborn God( saiu do forno em Setembro de 2007) . Quem não conhece o autor, recomendo ler o livro anterior: The Reckless Mind(2001). É um historiador das idéias na linha do falecido I.Berlin.

Finalmente, recebi os dois volumes dos Selected Essays do Alasdair MacIntyre. Li somente um artigo, three perspectives on marxism: 1953, 1968, 1995. Estranhamente ele ainda continua acreditando em uma aliança entre marxismo e cristianidade. O argumento não é convincente, pra não falar da visão romantica (e reacionária) do período pre-capitalista. Ainda fico com a leitura do Pannenberg.

20th Century Catholic Theologians

Para um leigo, como é o meu caso, entender o debate entre os teólogos não é nada fácil. Em economia é sempre possível recorrer a um bom livro texto e no caso da história das idéias(e teorias) econômicas, a um bom livro de história do pensamento econômico(HPE). O livro que terminei de ler , Twentieth-Century Catholic Theologians, Fergus Kerr, Blackwell, 2007, fica próximo do que se espera do seu equivalente em HPE. O titulo do livro, contudo, não parece ser o mais apropriado:ele deveria incluir a palavra “europeu”, já que inclui apenas um teólogo nascido fora da Europa.
Não tenho condições de avaliar a qualidade do livro, já que não tenho formação em teologia, mas as resenhas que li (depois de ter lido o livro) são positivas.
Gostei muito do livro, principalmente dos capítulos dedicados ao Chenu, Lubac, Ratzinger e Wojtyla( o livro apresenta um Wojtyla que eu desconhecia). O capítulo dedicado ao período posterior ao Vaticano II é muito útil para compreender algumas controvérsias , como, por ex, o formato da missa.