quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Desenvolvimento com justiça social

O projeto de lei que regulamenta terceirização no país, ainda não foi apresentado ao Congresso, mas já esta sendo bombardeado pelo setor empresarial do grande bananão. Reação normal e conhecida, afinal este setor sempre se colocou contra qualquer legislação de defesa dos interesses dos trabalhadores. Tão pouco o argumento contrário é original: para Casali, gerente-executivo de Relações de Trabalho da CNI, "terceirizar significa buscar redução de custos e mais qualidade para tornar a empresa competitiva, protegendo os trabalhadores"( FSP, dinheiro B7). So rindo, para não chorar...

É preciso lembrar o obvio: não há nenhum fundamento teorico para a idéia de incompatibilidade entre uma economia de mercado robusta e competitiva e a manutenção de um bom padrão de vida e direitos para os trabalhadores. Muito pelo contrário: os dois objetivos podem e devem andar juntos. Há uma serie de exemplos históricos que comprovam esta compatibilidade, assim como o desejo de alguns de abocanhar uma parcela cada vez maior do lucro em detrimento do bem estar da maioria.

É urgente retomar a agenda de um desenvolvimento econômico com justiça social e respeito as direitos da pessoa humana. Que é, alias, a definição correta do próprio desenvolvimento econômico, como nos ensina a encíclica populorum progressio e os trabalhos do economista Amartya Sen.