terça-feira, 18 de outubro de 2011

Recapitalização já

Como mencionado em outros posts a recapitalação dos bancos da zona do euro é fundamental para que se avance na solução do problema da divida grega e da crise pela qual passa a zona do euro. Há bancos com forte exposição em relação a divida grega e outros a dividas espanhola e italiana. Alguns passaram "raspando "pelo último teste de stress que, é sempre bom lembrar, não se mostra valido para a o atual cenário econômico e por isto um novo teste se faz necessário e urgente. Ele deverá , apenas, confirmar, o que já se sabe: a fragilidade é bem maior que no passado recente. Infelizmente a opção escolhida pelos bancos tem sido a venda de ativos e forte redução na alavancagem que, se mantida, tem como consequência, a redução na oferta de crédito que, naturalmente, somente agravaria a situação já complicada da zona do euro.


Não há nada de irracional na política colocada em pratica pelos bancos. Muito pelo contrário: trata-se, como esperado, da defesa dos interesses dos acionistas, a quem, em última analise, devem prestar contas. Esta opção guiada pelo auto-interesse, e sem nenhuma preocupação com o bem comum, deixa como única opção a recapitalização forçada, ou seja, ampliação da participação estatal no capital dos bancos, que por sua vez, piora a situação fiscal dos paises forçados a implementar tal política. A melhor opção ainda é a recapitalização privada que. sabidamente, os bancos tem condições de fazer sem grandes dificuldades.

A situação na zona do euro ainda é complicada, porem longe de desesperadora e uma crise com a profundidade e gravidade da que se seguiu a quebra do famoso banco, para tristeza do Bacen e Fazenda, pouco provável. A turma do quanto pior melhor deve urgentemente procurar outro argumento para justificar a redução passada e a próxima da taxa de juros. Já tenho o meu: a opção da equipe econômica atual pelo crescimento com um pouco de inflação. Ironicamente, o resultato, mais que provável, será pouco crescimento com mais inflação. Apesar do apreço dos chamados desenvolvimentistas - nome estranho que atesta somente arrogância dos autodenominados, já que nenhum economista é contra o desenvolvimento econômico - pela historia, sempre cometem os mesmos erros....