quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mais dinheiro para o FMI

O cenário da economia mundial pintado pelo Banco Mundial é bastante negativo, mas como ele, assim como FMI não possuem um bom record de acerto, prefiro dar o devido desconto e manter a minha avaliação de um 2012 difícil, mas longe do cenário catastrofico por ele desenhado. Por falar nele, Pepino, o breve, vulgo Obama, esta pensando em indicar o L.Summers pra lidera-lo a partir do final do ano. Figura controversa, sem dúvida, que entre outras tolices, recomendou a transferencia de industrias poluidoras para o terceiro mundo e perdeu o cargo de Reitor de Harvard devido a sua conhecida arrogância. Banqueiros ficariam felizes com a escolha, já que ele, quando Secretário do Tesouro do Clinton, foi defensor apaixonado da desregulamentação financeira que levou a crise da qual a economia americana ainda não se livrou. É o tipo de escolha, independente de se efetivar ou não, que diz tudo sobre o Obama.A mulher do Clinton tambem é cotada para o cargo e seria uma escolha muito melhor que o queridinho de WS e da City.

O FMI solicitou aos seus membros um adicional de 500bi de dolares para aumentar seu poder de fogo frente a provavel demanda de bail out nos próximos anos. Ele espera , para os próximos 2 anos, um total de 1trilhão em socorro a países em dificuldades. Valor alto, mas insuficiente para resgatar Espanha e Italia. É, no entanto, uma decisão correta, que podera influenciar, positivamente as expecativas do mercado em relação a zona do euro. Apesar de correta, será de dificil realização, haja vista, a conhecida posição dos americanos e ingleses sobre a questão. Ambos já deixaram claro que não estão dispostos a colaborar, o que significa que será necessário recorrer aos paises emergentes e alguns poucos desenvolvidos, com destaque para os da zona do euro. O aumento, se voluntário e ad hoc, não implica em alteração de poder no FMI, que, sabidamente tem forte oposição dos americanos, mas é o grande objeto de desejo dos Brics. Deverá ser uma negociação complicada, mas parece que Brasil e India são favoráveis, resta saber o que a China acha da idéia e qual será a moeda de troca.