quarta-feira, 25 de abril de 2012

Austeridade e inadimplencia


Com a inadiplência em alta os bancos privados, aparentemente, teriam um forte argumento para contrapor-se a demanda da atual de administração em relação aos juros. Não me parece ser o caso, já que a lucratividade dos bancos ainda se encontra em nível pra lá de saudável e o caminho para resolver o problema da inadiplencia é a formatação de um novo modelo de avaliação de crédito adequado ao novo cliente no mercado, a festejada nova classe média. Há, também, espaço pra melhorar o indice de eficiência que, no mundo de compadres, não era prioridade numero um. Agora passa a ser. A solução, como em outras áreas da econômia, é ganhos de eficiência. O resto é papo pra boi dormir.

Na área internacional já aparecem os primeiros sinais de stress entre o candidato socialista a presidência francesa e o governo alemão. Merkel não gostou nada da das criticas a política de austeridade e, devo reconhecer, ela tem razão. Apenas em parte, naturalmente. Os países que devem, obrigatoriamente, implementar políticas de austeridade, são justamente aqueles que dela discordam e adorariam continuar com a política que os colocou no atual bico de sinuca. O socialista, no entanto, tem razão, quando argumenta não ser ela uma receita para todos os países. Alguns -Alemanha e Holanda, por ex. - tem espaço para seguir política em sentido contrário , já outros, como a França, devem colocar a casa em ordem.