quinta-feira, 3 de maio de 2012

Tudo pelo crescimento...




Parece que finalmente a atual administração resolveu encarar o vespeiro político chamado remuneração da poupança. Qualquer menção à mudanças, mesmo que necessárias, é doloroso e perigoso, politicamente falando,em razão da memória do famigerado plano collor. As propostas que circulam pela midia parecem bem interessantes e garantem uma remuneração adequada da poupança, sem manter a política de juros na camisa de força do modelo atual. Sem a alteração no sistema atual, seria dificil manter a politica da atual administração de corte agressivo da taxa de juros, já que com as taxas cobradas pelos bancos, mais o IR, outras formas de investimentos perderiam para a poupança e ,no limite, colocaria em risco a própria rolagem da divida pública. A opção brigar pela redução das taxas dos bancos, ainda que correta, parece ter sido descartada, já que o resultado seria bastante incerto.

Com a decisão de mudar as regras da poupança, a atual administração deixa claro, se necessário ainda fosse, sua disposição de levar a taxa de juros para um nível que será histórico e, por isto mesmo, uma marca da gestão Dilma. Se somarmos a esta decisão, a política em relação ao câmbio, não resta sombra de duvida quanto ao objetivo da política econômica: crescimento com inflação, ou seja a velha e manjada opção dos desenvolvimentistas. Por enquanto a inflação não é um problema mas, como mencionado em outros posts, dificilmente este será o caso a partir do segundo semestre e com certeza em 2013. Com a inflação colocada em segundo plano, a reversão da política monetária em 2013 passa ser pouco provável.