quinta-feira, 12 de julho de 2012

E la nave va...


O mercado retornou a rotina normal dos últimos meses: alta ansiedade, volatilidade, com os titulos de 10 anos da Espanha e da Italia em movimento ascendente. O primeiro chegou cair a 6.50%, mas acabou fechando em 6.64%,spread 531.29(+0.74), e o segundo em 5.90%, spread 465.11(+2.73%), indicando que sem medidas adicionais o mercado vai continuar apostando contra estes títulos. A intervenção dos fundos de resgate no mercado secundário parece ser inevitável. Como o volume de recursos é bastante limitado para as varias funções que deverão assumir, implica em colocar, mais uma vez, em foco o papel do BCE. Sobre esta questão a minha avaliação não mudou: ele é a bala de prata...

Falando em BCE. Com a redução para zero na remuneração do "overnight deposit facilit" os bancos estão depositando os seus recursos na conta corrente do BCE que, também, não é remunerada,o que deverá, provavelmente, levar o BCE a implementar novas medidas visando expandir o credito que, assim, como a economia, encontra-se em estado letargico. Fala-se, inclusive em rendimento negativo, que significa cobrar dos bancos pelo dinheiro estacionado no BCE. Medida extrema, mas que não deve ser descartada, já que Draghi e outros membros já deixaram claro que estão dispostos a recorrer ao que for necessário para reativar a economia.

Confirmando que o mar não esta pra peixe, a Coreia do sul não resistiu a onda e reduziu a sua taxa de juros depois de mante-la inalterada por 3 anos. A decisão não parece ter sido tomada em razão da desaceleração do crescimento econômico, já que por ser economia focada na exportação depende fundamentalmente do estado do mercado externo, mas devido ao forte endividamento das familias e do aumento da inadimplência no setor imobiliário.

Nesta sexta-feira será conhecido o PIB chines do segundo trimestre e ai será possível ter uma visão um pouco melhor dos rumos da economia mundial. Não espero uma Brastemp...