terça-feira, 28 de agosto de 2012

Boas noticiais...



Ontem, Asmussen, representante germanico no ECB, voltou a defender a tese que a intervenção no mercado secundário, deve ser precedida de intervenção do fundo de resgate EFSF/ESM no mercado primário. Em outras palavras, sem solicitação de pedido de socorro, não haverá intervenção no mercado de titulos da divída soberana. Ele deixou claro que não esta disposto a repetir o mesmo erro do verão passado, quando o socorro a Italia, não foi acompanhado de implementação das reformas necessarias pra garantir a retomada do crescimento econômico, assim como a restauração da credibilidade do Estado italiano, sem o qual é difícil reduzir os juros da divida soberana pra níveis sustentáveis. É isto que explica a exigência de primeiro pedir socorro ao fundo de resgate e aceitar as suas condicionalidades e somente depois, se isto não se mostrar-se suficiente, O BCE partiria para a compra de titulos no mercado secundário. Ainda, segundo Asmussen há detalhes a serem trabalhados, antes do anuncio da proposta final. Talvez, por isto o Draghi tenha optado por não comparecer a reunião de Jackson Hole, já que, dado a alta ansiedade, ele seria poupado pelos jornalistas, solicitando maiores detalhes do seu plano. É bom lembrar que há uma grande chance dele ser anunciado somente depois de conhecida a opinião da Corte Constitucional alemã, em 12 de setembro. Haja coração.

Em mais uma demonstração que o mercado considera favas contadas, a intervenção no mercado da divida de curto prazo, os titulos espanhois de 3 meses, foram negociados no leilão desta terá feira a 0.946%, uma queda mais que significativa em relação ao do mês passado, 2.434%. A demanda tambem foi boa, 3.4 vezes, contra 2.9 do último leilão. A Italia também vendeu titulos de 2 anos pagando um juros bem abaixo do leilão de julho: 3.064%, contra 4.860%. O sucesso dos leilões, derrubou o rendimento no mercado secundário: o italiano fechou em 3.040% e o espanhol em 3.664%. Já os titulos de 10 anos, não apresentarão variação significativa.

Na Grecia, segundo a Reuters, os depositos privados nos bancos gregos, subiram 2%, o que é um bom sinal, se lembramos que no mês passado a queda havia sido de 5%. É bom lembrar que neste período - verão europeu - é normal queda nos depositos e que a piora na situação econômica também impacta negativamente sobre o volume de depositos. Dai ser uma noticia bem auspiciosa...