segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Paliativos...



O governo brasileiro resolveu usar tarifas para se proteger do impacto do QE3 e, como era de se esperar, recebeu um puxão de orelha do primo rico do Norte. Protecionista, bradou, com a arrogância usual, o representante do Imperio. A resposta do governo brasileiro foi correta: elegante, mas dura, algo raro, na diplomacia brasileira, que, geralmente, nestes momentos, sucumbe ao complexo de patinho feio. Não sei se esta é a melhor maneira de defender os interesses da indústria nacional, mas não custa tentar, já que neste ambiente de guerra cambial, o que conta mesmo é a defesa do interesse nacional.

Dito isto, é preciso alertar, que medidas como as criticadas pelo Imperio, são paliativos, que não atacam as causas da baixa competitividade da produção nacional: inflação acima da dos concorrentes e a baixa produtividade, para mencionar apenas dois. É dificil faze-lo, aparentemente, se comparado com medidas que enchem de orgulho o nacionalismo dilmista de raiz brizolista que, não custa recordar, nunca fez muito sucesso entre os paulistas do PT ou do partido da nova direita.