sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bacen jogou a toalha?



O Bacen descobriu o ovo de colombo: a política monetária é um instrumento de controle da demanda e como o problema da economia brasileira é do lado oferta, a política de juros baixos nada poderá fazer pra ajudar a turbinar o crescimento econômico. Em bom português: não contem com novo corte na Selic. Ela deverá manter-se em 7,25% no corrente ano e em boa parte do próximo . Dado que a autonomia operacional do Bacen é bem limitada na atual administração, qualquer declaração dele deve ser vista com certa cautela e condicionada as demandas da arena política. Ao comprar a tese que o problema é exclusivamente de oferta, ele massageia o ego dos desenvolvimentistas, mas tenho duvidas se será suficiente para convence-los que a politica de corte de juros já deu o que tinha que dar. Fixação é um problema de difícil solução e sabemos que juros reais negativos é o grande objeto de desejo dos desenvolvimentistas.

Alguns otimistas acreditam que o Bacen estaria disposto a aumentar a Selic para minimizar o risco de recrudescimento da inflação. Não parece ser o caso. A atual administração acredita que crescimento com inflação, sobre controle, mas próxima do limite superior da meta é a melhor opção de política econômica. Neste cenario, o cambio deverá tornar-se o instrumento par excellence do controle de preços. É uma escolha que não deverá agradar muito os empresários, mas nada que não posso ser resolvido com algumas desonerações e outras medidas do saco de bondades do governo.